A esperança continua lacrada
Presa, sem escolha.
O rancor continua queimando
Como a dor que vem te torturando.
Vem sagrando, aberto para o amor
Vem aberto, sagrando pelo sabor.
Cada cálice conta um pouco da sua vida
Que abram a avenida
Uma nova dor vai passar.
De balcão em balcão
Você faz a sua história
São risos e olhares embriagados
São casos sempre forjados
É a alegria momentânea de ter
A felicidade desce queimando a garganta.
Agora você pode vir
Vem
Mas vem aberto, amor
Tudo que lhe garanto é a dor
E não olhe nos olhos
Se é a verdade que quer
Eu não sou qualquer mulher
Tire o sorriso do rosto
E me prepare um café
Que eu já estou cansada do seu desgosto.
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Based on a work at alicequeramar.blogspot.com.
Amargo e forte, como os melhores goles de café.
ResponderExcluirOs desavisados poderiam até confundir com alguma letra de música dos tempos áureos da MPB e da garota de Ipanema e mimimi...legal mesmo!
Gosto daqui.
Uma comida deliciosamente bruta e difícil de digerir. A última stanza me lembra Bukowski. Se não leu, leia.
ResponderExcluirBrigada gente!
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