sexta-feira, 13 de julho de 2012

Contratempo.

Quando o seu tempo for o meu, querido.
 E o meu relógio entrar em você
 Então nossos ponteiros irão se encontrar
 E quem sabe os primeiros cinco segundos de surpresa
 Voltem para o seu rosto.

 Não quero meus olhos perdidos na noite cinzenta
 Nem meu corpo nu sozinho em uma cama quente
 Abraços e afetos são distribuídos enquanto nos vemos.
 Depois restos, nada mais.

 O resto do seu dia e de suas horas livres
 O resto das pernas e braços caídos pelo caminho
 O inicio de dentes se escondendo e as ameaças vivendo
 O fim do que veio carregado pelo vento.

 É o inicio, o meio e o fim do tempo
 O tempo dos olhos apaixonados e das mãos grudadas
 O tempo da cama fria à sua espera
 O tempo agoniando de ter que esperar algo que nunca vai aparecer.

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