domingo, 1 de agosto de 2010

Amiga solidão.

A pele sente a facada
Os olhos ardem de raiva
A boca consente o silêncio
Silêncio de mais um inocente.

A pele queimada arde
Os olhos pintados enganam
A boca calada machuca
A língua afiada corta
Como navalhas no ar.

O amor não sentido fere
A ilusão nunca dita ferve.
As pernas usadas se abrem
As bocas raladas se contraem.

Os pés descalços sentem
Os olhos vendados mentem
As mãos amarradas se cruzam
Para mais um prece.

As pernas sustentam o corpo
O corpo sustenta a vergonha
E a vergonha está na máscara
Máscara que tanto impressiona.

Licença Creative Commons
Amiga solidão de Hannah Tobelém é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
Based on a work at alicequeramar.blogspot.com.

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