sábado, 27 de fevereiro de 2010

DESPEDIDA

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.


Martha Medeiros

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Permitindo permitir.

O corpo treme, a pele arde, os olhos dançam e alma festeja. Mas por que tanta euforia, por que tanto entusiasmo? Tento entender mas não consigo, eu diria que a causa dessa insanidade que em mim anda habitando é em parte sua culpa, a outra parte é minha, obviamente.
Metade da culpa é sua, por que você, embora tenha vindo de mansinho, não pediu licença. O que você manifestou não foi sútil, muito menos morno. Você tem culpa, por que eu não pedi isso, como também não tive escolha, você chegou, se alojou e não saiu de mim, provocando uma enorme tormenta de sentimentos e emoções. Aliás, você também não me disse que a dor surgiria, mas também não me contou da paixão, dos sorrisos inesperados, ou do coração dando pulos. Metade disso tudo te pertence, por que VOCÊ causou isso, VOCÊ me conquistou, VOCÊ me fez passar noites em claro, VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ.
A outra metade é minha, por que eu deixei você entrar em mim, eu que fui despercebida demais, engênua demais, boba demais e não percebi a catástrofe que isso poderia se tornar. Eu permiti que você se tornasse meu amigo, eu permiti que você me fizesse rir, eu permiti que você me fizesse chorar, eu permiti que você me deixasse com insônia, eu permiti. Na verdade, eu me permiti. Eu me permiti te amar, eu me permiti te conhecer e me conhecer, eu me permiti que fosse tomada como nunca antes.
Mesmo você vindo de maneira calma e tempestuosa, nós dois permitimos. Ambos permitimos nos conhecer, ambos sentiram a energia que existia nos nossos corpos, ambos se permitiram se apaixonar, mesmo não percebendo. E eu só devo te agradecer por não me avisar da sua chegada, por que assim tão surpreso e possuidor, você me permitiu permitir e por isso eu serei eternamente grata. Obrigada.

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Permitindo permitir. de Hannah Tobelém é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
Based on a work at alicequeramar.blogspot.com.

Há tempos.

Há tempos de paz, de guerra, de sofrimento e derrota, há tempos em que nada mais importa. Existem tempos de amor, de carinho, de pessoas, é minha obrigação escolher o tempo de viver.
Você pode morar no país da harmonia e estar em conflito com si mesmo. Pode habitar a casa do ódio, e mesmo assim espalhar o amor, pode perder tudo e ganhar em dobro. O único tempo que não pára é o da dúvida. Não deixe que o medo de errar impeça, que o medo de lutar vença e principalmente que o medo de amar exista.
Lembre-se: Esquecer não é o mesmo de perdoar e fazer qualquer coisa por pena, não é ser gentil. Embora muitos achem que ser bondoso é ser deixado para trás, não esqueça: a maior virtude é o perdão.
Não deixe que a perda o amedronte, o diminua, faça do obstáculo um caminho e não uma barreira. Se você construiu muros e governou sua fortaleza solitária, transforme-os em pontes e permita que outros façam parte do seu reino, chamado de vida. O mais importante não é andar sempre para frente, é admitir os erros e se redimir. Afinal quando se anda só para a frente não se chega muito longe.

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Há tempos de Hannah Tobelém é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
Based on a work at alicequeramar.blogspot.com.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Fórmula perfeita

Todo mundo quer o caminho mais rápido e mais curto sem saber que nele se perde muita essencia.Alguém sabe a fórmula para o amor verdeiro, para a verdade absoluta e para o fim do tédio? Se souber, não me conte.
O que me encanta em um romance, é o impossivel, é a distância, seja de uma cidade ou de um olhar, quanto mais incerto, mais eu me envolvo, acho que com todo mundo é assim. também detestaria um manual da verdade, seria tedioso saber tudo, a verdade absoluta é um mito, assim como toda mentira é eterna. Qual seria a graça de nunca estar errado, de nunca mentir nem que seja pra um desocnhecido no carnaval? Seria zero! Seria mais negativa que minha prova de matematica! O fim do tédio eu até poderia gostar, mas quando eu pararia para pensar naquele alguém especial? Quando eu teria tempo para pensar na minha próxima saída e dar valor as antigas?
O que acontece é que ninguém ter fórmulas infaliveis para nada, para o amor, para a solidão, para o tédio. O que se aplica em um, nada adianta para outro. Não é possível que alguém fique contente com essas equações resolvidas, a vida tem que ser mais que teorias, mais que papeis. Tem que ter emoção, tem que ter arrependimento, tem que ter tudo! Fórmula milagrosas geralmente cortam tudo isso e com ela vai junto a felicidade.
Volto a repetir, não me conte como se consegue o amor da sua vida, nem com o fim do tédio, eu gosto da minha vid assim, bem conturbada que é pra sentir que eu estou vivendo!

Hole -dying

You see the cripple dance
Pay your money, baby
Now's your chance
Eyes like cyanide

I am so dumb
Just beam me up
I've had it all forever
I've had enough

Remember, you promised me
I'm dying, I'm dying, please
I want to, I need to be
Under your skin


Our love is quicksand
So easy to drown
They steal the gravity, yeah
From moving ground

Remember, you promised me
I'm dying, I'm dying, please
I want to, I need to be
Under your skin

And now I understand
You leave with everything
You leave with everything I am
Withering

And now I know that love is dead
You've come to bury me
There's nothing left here to pretend
Anything

Remember, you promised me
I'm dying, I'm dying, please
I want to, I need to be
Under your skin

I'm dying, I'm dying, please
I'm dying, I'm dying, please
I'm dying, I'm dying, please
Under your skin

Under your skin


Definitivamente, é meu estado agora.

Castração é obrigação!

Gente, vamos tomar consciencia das coisas, por favor? Cada vez mais existem animais abandonados, eles reproduzem e ainda existem as pessoas que gastam furtonas comprando um cachorro de raça e abandonam na rua. Me poupe, se poupe e poupe o animal também!
Primeiro de tudo vamos falar desse comércio absurdo que é de animais de raça. Não é um ultraje cachorros e gatos custarem as vezes mais de 5 mil reais, enquanto existem milhares passando fome, frio e solidão na rua? E os que são maltratados dentro de casa? UM ABSURDO! Eu pergunto: Como você pôde alimentar esse comércio, sabendo que existem outros seres vivos, tão lindos, carinhos e especiais quantos os da vitrine?
Chegamos ao cumulo do capitalismo, até os animais são elitistas agora! Olha pra rua, vai mais pra zona norte da tua cidade ver quantos animais morrendo de fome existem. Esse comércio devia acabar, devia ser lei, devia ser proibido!
Agora em segundo lugar, vamos falar da castração. Se você tem um animal, seja de raça ou não, castre-o, o mundo não precisa de mais um animal nesse momento, enquanto nasce um, existem mais 1000 passando fome, vamos diminuir isso!
Graças, as pessoas estão tomando consciencia e o número de protetores de animais está aumentanto cada vez mais! Vamos oritentar nossas crianças a fazerem o bem, dê um belo esporro quando judiarem de um bicho inocente e elogiem quando derem carinho, vamos tornar o mundo mais humano, vamos nos tornar mais humanos!
Tenho quatro animais adotados e todos serão castrados, além de impedir a reprodução, evita o risco de câncer, principalmente em fêmeas!
VAMOS ABRIR OS OLHOS!
A prefeitura do Rio de janeiro disponibilizou lugares ara a castração de graças, milhares de cães e gatos foram beneficiados! Segue todas as informações para quem queira é total gratuito!

AGENDAMENTO

O agendamento é feito somente no local, todas as sextas-feiras. apartir de 8h são distribuídas senhas limitadas aos interessados para que sejam agendados para a semana seguinte. É NECESSÁRIO LEVAR CPF E COMPROVANTE DE RESIDENCIA (o animal não precisa ser levado neste dia). Só agendamos um animal por semana de cada pessoa.

SITUAÇÃO DO ANIMAL PARA ESTERILIZAÇÃO

Para uma esterilização com o mínimo de riscos só esterilizamos animais de 6 meses a 6 anos, que não estejam no cio e nem estejam amamentando.


ENDEREÇOS:

BONSUCESSO - Avenida Brasil, esquina com a Rua Teixeira Ribeiro (passarela 9, próximo ao Restaurnte Popular)
JACAREPAGUÁ -Praça Seca (em frente ao HSBC)
Largo do Machado - Praça central (praça da Estação do Metrô em frente á cabinete da Polícia Militar)
Realengo - Praça Parde Miguel (Paralela á Avenida Sante Cruz, em frente á Igreja Nsa. Sra. da Conceição)
GUARATIBA - Estrada da Matriz, número 4445 (centro de Proteção Animal)


Tá aí gente, só não ajuda quem não quer. BEEIJOS!

Como você pôde?

"Quando era um filhote, eu o distraia com minhas travessuras e o fazia rir.
Você me chamava de sua criança e, apesar de um certo numero de sapatos mascados e um par de almofadas destruidas, eu me tornei sua melhor amiga . Sempre que eu fazia algo errado, você chacoalhava seu dedo para mim e dizia: "Como você pôde" - mas depois você se arrependia e me rolava no chão para me coçar a barriga. Meu treinamento demorou um pouco mais do que o esperado porque você estava ocupado demais, mas, juntos, nós conseguimos dar um jeito..
Eu me lembro daquelas noites em que me aninhava a você na cama e ouvia suas confidencias e sonhos secretos - e acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita. A gente fazia longos passeios e corridas no parque, andava de carro, e parava para um sorvete (eu ganhava só a casquinha porque "sorvete não faz bem para cães" você dizia) e eu tirava longos cochilos ao sol enquanto aguardava sua volta para casa ao final do dia.
Aos poucos você passou a gastar mais tempo no trabalho e com sua carreira e levava mais tempo procurando por uma companheira humana. Eu esperei por você pacientemente, confortei-o em suas mágoas e desilusões, nunca o repreendi por suas escolhas ruins, e vibrei de alegria nas suas vindas para casa e quando você se apaixonou... Ela, agora sua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu a recebi em nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e a obedeci. Sentia-me feliz porque você estava feliz.
Então vieram os bebês humanos e eu reparti com você o entusiasmo. Eu estava fascinada por seus tons rosados, seu cheiro, e queria muito cuidar deles também. Mas ela e você tinham medo de que eu pudesse machucá-los, e eu passei a maior parte do tempo sendo banida para outra sala, ou para a casinha de cachorro.. Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu me tornei uma "prisioneira do amor."
À medida que foram crescendo, me tornei amiga deles. Eles se agarravam ao meu pêlo e se levantavam sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos em meus olhos, examinavam minhas orelhas, e davam beijos em meu nariz. Eu adorava tudo isso, e o toque de suas mãozinhas - porque o seu toque agora era tão raro - e eu os teria defendido com minha própria vida, se fosse preciso. Eu me esgueirava para suas camas e escutava suas inquietações e sonhos secretos, e juntos esperávamos pelo barulho de seu carro no caminho.
Houve um tempo, quando alguém perguntava se você tinha cachorro, em que você tirava uma foto minha de sua carteira e contava histórias sobre mim. Nos últimos anos você apenas respondia "sim" e mudava de assunto. Eu passei de "seu cão" para "apenas um cachorro" e você reclamava de cada gasto que tinha comigo. Agora você tem uma nova oportunidade de carreira em outra cidade , e vocês irão se mudar para um apartamento onde não permitem animais. Você tomou a decisão acertada para sua "família", mas houve um tempo em que eu era sua única família.
Fiquei excitada com o passeio de carro até que chegamos ao abrigo de animais. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desesperança. Você preencheu a papelada e disse "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ela"... Eles deram de ombros e lançaram a você um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis". Você teve que desgarrar os dedos de seu filho de minha coleira enquanto ele gritava "Não, papai! Por favor, não deixe que levem meu cão!". E eu me preocupei por ele, e com a lição que você tinha acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo tipo de vida. Você deu um afago de adeus em minha cabeça, evitou meu olhar e, polidamente, recusou levar minha coleira e guia com você. Você tinha um tempo-limite para encarar e agora eu tambem tenho um.
Depois que você partiu as duas simpáticas senhoras que o atenderam comentaram que você provavelmente soube meses atrás da mudança que ocorreria e não fez nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim. Elas sacudirram a cabeça e disseram "Como você pôde?". Elas são tão atenciosas para nós aqui no abrigo quanto seus ocupados horários permitem.
Elas nos alimentam, é claro, mas eu perdi meu apetite dias atrás. De início, sempre que alguem passava pelo meu alojamento , eu corria para a frente, na esperança de que fosse você - que você tivesse mudado de idéia - que isto fosse tudo um sonho mau.... ou eu esperava que ao menos fosse alguem que se importasse, alguem que pudesse me salvar. Quando percebi que não poderia competir com os alegres filhotes, inconscientes de seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar atenção, afastei-me para um canto distante, e aguardei.
Ouvi seus passos quando ela veio até mim ao final do dia, e a segui ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ela me colocou sobre a mesa, acariciou minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. Meu coração se acelerou na expectativa do que estava para vir, mas havia tambem uma sensação de alivio. A prisioneira do amor havia esgotado seus dias.
Como é de minha natureza, estava mais preocupada com ela. O fardo que ela carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ela gentilmente colocou um torniquete em volta de minha perna dianteira, enquanto uma lágrima corria por sua face. Lambi sua mão do mesmo modo como costumava fazer para confortar você há tantos anos atrás.. Ela habilmente espetou a agulha hipodermica em minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através de meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, olhei dentro de seus olhos gentís e murmurei "Como você pôde?".
Talvez por ter entendido meu linguajar canino, ela disse "Sinto tanto!", abraçou-me e apressadamente explicou que era seu trabalho fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorada, ou maltratada ou abandonada, nem ter que me virar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre. E com minha ultima gota de energia tentei transmitir -lhe com uma sacudidela de minha cauda que meu "Como você pôde?" não era dirigido a ela.
Era em você , Meu Amado Dono, que eu estava pensando. Pensarei em você e esperarei por você eternamente. Possa alguem em sua vida continuar a demonstrar-lhe tanta lealdade."


Nunca chorei tanto com um texto, espero nunca conhecer alguém que já tenha feito isso.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mágico.

Maldita mania de confiar no meu sexto sentido, por mais que eu queira ignora-lo, ele torna a me convencer de que está certo. Se eu não o sigo, me dou mal, na maioria das vezes. Eu gostaria que só dessa vez ele estivesse errado, que só dessa vez minha intuição desse alarme falso. Tudo indica que você não é apropriado, mora longe, pega todas, é poeta para mim e vive discutindo comigo o amor verdadeiro. Queria que meu sexto senido errasse com você. Como queria! Minha razão diz que tem alguma coisa errada, você é a pessoa que mais me entende, captamos pensamentos mesmo estando quilômetros distantes, mágico você diria e eu silenciosamente concordo.
Eu sonho a mesma coisa que você, eu sinto a mesma coisa que você, eu te sinto perto de mim e você diz o mesmo. Incrivel, tem que ter alguma coisa errada, isso não pode existir. Minha razão diz "não, não pode ser verdade", mas minha intuição manifesta opinião contrária. O problema é que conosco tudo é assim, intuitivo, sentido. É mais emocional o que racional, mais espiritual do que fisico.
Minhas amigas acham que você quer me usar e que é um crianção, eu já tentei me forçar a achar o mesmo, não sofreria por amor, nem por desilusão, meu lado lógico se manifesta, minha outra metade me diz "vai em frente, vai valer a pena".
Seja o que for, nunca conheci pessoa mais pura que ele, que seja pra acontecer quando for hora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A tormenta.

Uma tempestade se formava em torno dela, nuvens negras carregadas de dor e sofrimento pairavam sobre sua cabeça. Ela achava que as gotas de chuva lhe lavavam o rosto, mas eram, na verdade, suas lágrimas descendo compulsivamente. Seus cabelos grudados no corpo se misturavam com o suor e com o medo. A ventania a empurrava para trás, a cada passo avançado, ela regredia dois. O vento a fazia lembrar dos dias solitários em que ficava esperando por alguém a resgatar da depressão. Eram 14:00, mas estava tão escuro que parecia de madrugada, o vento batia cada vez mais forte e cortante, a solidão batia a sua porta novamente. Ela já estava encharcada, a chuva piorava a cada minuto, sua casa estava tão longe e seu guarda-chuva não lhe protegia mais. Ela continuava chorando, o caminho era tão longo, tão tempestuoso, o que ela realmente queria fazer era sentar no chão e esperar tudo passar, mas quando mais ela parava mais via um furacão se formar e a engolir. A cidade estava um caos, era o fim do mundo então? A mãe natureza finalmente se revela e aflora os nossos maiores medos.
A menina acorda banhada em suor e assustada, ela nunca tinha tido um sonho tão real assim, mas oras, aquilo não era um sonho. Era sua vida, sendo massacrada pela depressão de ser solitária.

Noites em claro.

Era uma típica noite de insônia, o nosso passado voltava á tona na minha cabeça. Por algum motivo eu não conseguia te esquecer. Mas o que será isso? Amor, arrependimento, ou medo de ficar sozinha e descobrir o novo?
Confesso que ando pensando muito em nós, no que fomos e no que poderiamos ter sido. Saudades do que não aconteceu.
Outro dia eu estava lembrando das nossas brigas e motivos pelo término, pela primeira vez não tive raiva, nem angustia, foi sereno. Foi como há muito tempo eu te disse, que quando o rancor passar, então estaremos renovados.
Talvez isso seja um sinal para voltarmos ou apenas o verdadeiro perdão. Não importa mais, agora sua imagem foi purificada de novo.


Só um desabafo na minha insônia.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Strip-Tease.

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.


Martha Medeiros.

Raridade.

Um rapaz e uma moça se encontram, ele de classe alta e ela uma simples classe média. Eles se esbarram, olham nos olhos um do outro, ela vê sua alma, mas ele está cego pelo dinheiro. Com o passar do tempo eles se tornam cada vez mais amigos, e o que antes era apenas uma atração de corpos se torna uma paixão atormentada. A rapariga não sabe como conquista-lo suas frases não têm efeito, muito menos seus olhares, erle só enxerga o material, para ele essas coisas sentimentais não existem. Porém, mesmo sendo tão superficial ele também a ama, mas assim como ela, não sabe o que fazer para se declarar.
Então, usando e abusando de seus privilégios com o capital tenta presentea-la. Na primeira vez foi um lindo vestido de marca, de um estilista famoso. Ela o olha com tristeza, ignora o presente e fala: "O que eu quero é mais raro", ele não entende por que tanto desprezo com seu agrado, ele escolheu com todo carinho, demorou horas para definir cor e modelo. Ele não compreendia por que só ela não se importava com o seu dinheiro, todas as mulheres caiam aos seus pés por isso, mas ela não se importava. Mas então ele pensa "Ela não gostou do vestido, pediu algo mais raro, procurarei o presente mais caro do mundo para convence-la de meu amor". E com esse pensamento ele procurou em todos os lugares alguma coisa a altura de sua amada. No mês seguinte, sentindo que precisa impressiona-la, comprou a jóia mais cara que viu, chegando em sua casa, todo sorrindente, achando que desta vez a conquistaria, a menina abriu a caixa e dessa vez seus olhos eram mais tristes ainda, vendo a jóia ela sentiu sua garganta ser bloqueada, devolveu o presente ao rapaz e falou: "Eu quero mais, nada disso me agrada". O rapaz ficou sem chão, a mulher da sua vida recusou todos os presentes e ainda queria mais, tudo o que ele podia fazer, ele faria por ela. "Então me fale, o que você quer? Um carro, mais jóias, eu posso te dar todos os presentes do mundo".
Com muita calma e sutileza a menina menina se declara: " Quando eu te peço para trazer algo mais raro, não é um jóia que custe milhares de reais, tão pouco outra coisa mais cara. Quando eu te peço mais, não são mais presentes. Eu não quero o que você possui, você não é o seu dinheiro, nem sua conta bancária é o seu valor. Pouco me importa o quanto você possui, que marca você veste, quantos carros tem e aonde você mora, o que eu quero até hoje você não conseguiu me dar. O mais raro dos presentes é o amor e quando eu quero mais é mais de você. Se você quer me conquistar, venha nu para mim, primeiro tire essa mascara que há anos você usa, depois jogue fora esse medo que você sente de conhecer o mundo ao seu redor e quando você estiver pronto, entregue seu amor para mim, que eu irei retribuir da mesma maneira, te amando. Quando você estiver pronto, volte e eu continuarei aqui amando você silenciosamente, como eu ando fazendo todos esses anos."
Ouvindo isso o rapaz se foi sem entender nada e a doce sonhadora, espera que um dia ele volte para ela.

Fim =)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A luz.

Eu estava deitada nos braços dele, vendo as ondas do mar se formarem, o balanço do barco era tranquilizador. Eu não entendia nada do que estava acontecendo, eu tinha tudo o que queria. Minha familia estava em harmonia depois de tormentas seculares, finalmente tinha me acertado com meu namorado, no colégio eu já tinha passado, mas mesmo assim, existia uma pedra no meu coração. Os braços que me rodiavam eram quentes, mas me davam nojo, eu levava minha cabeça para outro lugar, imaginava outra realidade, aonde eu fosse feliz de novo. É muito triste ver um amor morrer e você não conseguir fazer nada para anima-lo de novo.
A rotina nos sufocou, as brigas seguidas de mais brigas também. As cobranças, a posse, o ciume, tudo me afogou em magoas. Para ele está tudo bem, finalmente eu me tornei a namorada que ele sempre quis, quando ele falava de te amo, eu retribuia, quando me abraçava, eu fingia gostar. Oras, ele nunca me quis, nunca quis uma namorada, ele sempre quis um robo que pudesse por em pratica toda a teoria de mulher perfeita. Eu estava sendo esse robo.
Eu não sabia o que me deixava tão triste, tudo parecia perfeito. Eu iluminei minhas minis-certezas. Era ele, a causa e a solução desses problemas. Como alguém que diz me amar, quer me mudar? Eu não posso ser o teste de ninguém. Eu estava com ele fazia anos, mas pensava em outro naqueles dias.
"Amor, o que aconteceu? Você está tão longe", ele me pergunta, como se não soubesse a resposta. Mais uma vez minto e digo que é dor de cabeça, ele ignora, na verdade, ele não se importa comigo, ele só me quer pra ele. Posse, que raiva que eu tenho dessa palavra.
Agora quem chora é ele. Mesmo eu explicando inumeras vezes, ele não entende o por que do término, tudo estava bem para ele, estava perfeito. Mas eu estava no meu inferno amoroso. Ele implora, pede que eu pense mais. Não há mais nada que se possa fazer, não exite mais esperança, por que o amor em mim morreu.
Agora, eu sinto a brisa, sinto esse gosto de liberdade, de alegria, de felicidade. Eu me sinto eu, de novo, depois de tanto tempo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sem título.

É incrivel como a capacidade do ser humano em machucar os seus semelhantes é grande. Olhares maliciosos, silêncios prolongados, palavras, pequenas palavras, que muitas vezes dizem tudo.
Todos acham que sinceridade é o ponto forte de um relacionamento e é verdade, mas tudo em excesso fica negativo: O amor, o carinho, o zelo e até mesmo a sinceridade. Muitas vezes uma pessoa sendo sincera acaba se tornando cruel, por que nem tudo é preciso falar.
É preciso em toda e qualquer circunstância ponderar não só as frases, mas as atitudes. No emprego, em casa, na rua, no namoro, no casamento, em tudo. Se você disser uma frase por mais verdadeira que ela seja na hora errada, pode estragar tudo.
Mas também muitas vezes ficar só nas palavras é um erro, por que existem as pessoas que ficam só nelas e nunca tomam uma atitude, é a mesma coisa que você disser um "Eu te amo" e logo em seguida magoar a pessoa. Por que quando você ama, é inevitável, você acaba pensando mais e não magoa com tanta facilidade. E isso não é só no amor, é no simples gostar, é no carinho, é na paixão. Sofrer todos vão sofrer, mas é preciso escolher por quem e por que.
Quantas pessoas contam relacionamento por anos e não por intensidade.Um casamento ou até mesmo um namoro pode durar 5 anos e nunca ter sido nada, ter representado meros meses, por que não houve intensidade.
Enquanto outros duram 5 meses e equivalem há anos, por que tiveram sorrisos, momentos tão simples que tornaram-se inesquecíveis, por que também tiveram lágrimas, mas logo em seguida beijos.
Eu imagino o amor como um jardim, se você deixa de regar, as flores vão ficando tristes, vão murchando e logo morrem, é preciso replantar, começar desde do zero. E isso não é só com amor não, a paixão também, a paixão é tão importante quanto o amor, por que é ela que deixa tudo novo, tudo com um brilho.
Então não machuque a pessoa que você ama, diga um belo "bom dia" em vez de um monótono "eu te amo", dê sempre carinho por que ele é a mesma coisa que a água para o jardim. Ame, seja amado, permita-se, não se arrependa pelo que você não fez, e sim pelos seus feitos. Se entregue, que é para no final de tudo você poder olhar para traz e dizer: Valeu a pena.

Outono.

Odeio o morno, se existe uma palavra pra me definir que seja intensidade, é a minha melhor caracteristica, ao meu ver.
Se eu pudesse exclur alguma coisa da minha vida, seria a mesmice, o outono, esse mais ou menos, ou a coisa É ou NÃO É.
Outra coisa que não suporto é o quase, já viu quase ser alguma coisa? Quem quase tem tudo, continua sem nada. Esse medo de arriscar, de viver o perigo, é na verdade um grande medo do que a vida pode ser. Não estou falando pra você pular da ponte RIO-NITEROI e cair de cabeça na Baía de Guanabara pra saber o sabor da vida. Mas viva com calor, não pense que hoje pode ser o último dia de sua vida, isso é clichê demais, pense que hoje é hoje, mas não é por isso que ele tem que ser cinza. Diga que ama quem você ama, abraçe o primeiro que aparecer, dê lugar na fila do banco, VIVA e SINTA que você vive. Nossa sociedade está atropelando esse nosso direito, não temos tempo nem de dar o último sorriso, na verdade não temos tempo pára nada. Seja inteso até quando dormir, tenha sonhos loucos, fora do normal, dê gargalhada daquele tombo. Brigue muito feio, mas depois ame mais ainda quem te perturba.
Eu confesso, sou péssima nos romances, nunca dá certo, o cara pode ser todo certinho, um doce, mas se faltar ritmo, faltar aquela paixão de te derrubar, aí eu sinto muito, choro e passo a bola. Até hoje não encontrei ninguém tão intenso como eu, quando eu me apaixono ele tá naquela prisão "será que eu devo", enquanto eu estou queimando de amor e me entregando totalmente ele ainda fica com aquela idéia "será que eu vou sofrer depois?". Isso é irritante, é frustrante é tudo de negativo, deixar de viver por medo é ser covarde. O que importa o depois, se o mais essencial que é o hoje, você esqueceu de viver?
As brigas, elas sim, são minha especialidade, é na briga que as mascaras caem, que os muros são demolidos, você ataca e recebe de volta a mesma raiva. A pessoa fica vermelha, grita, quer te matar. Nesse momento ela tá no máximo, ela deixou o morno pra trás. Eu admito, adoro provocar os outros, eu preciso ver o máximo de todos, até o minino me agrada, mas o mais ou menos... Esse é humilhante.
O pior de tudo é que as pessoas ainda se vangloriam por isso, "Tá vendo, se tivesse me envolvido agora tava chorando", "Viu, sabia que aquela noitada ia ser horrivel", tudo bem você acertou, mas e ai? Ficou em casa numa puta noite estrelada com a maldita dúvida na cabeça "será que foi legal?", não sofreu por amor, que maravilha, menos uma cicatriz no seu coração, mas mesmo assim você se pergunta "Será que era o amor da minha vida?"
Do que adianta economizar risadas, amor, carinho e até choro? No final de tudo, você viveu, mas deixou a vida pra trás.

Hannah Tobelém.

Primeiro post.

Hoje eu acordei deprimida, cansada da vida. Esse calor me deixa nauseada e mole, não aguento o excesso de temperatura me deixa pensativa e acontecimentos que eu tinha enterrado, voltam a vida como zumbis para me atormentarem.
Eu rezo por praia e chuva ao mesmo tempo, são dois momentos em que eu me sinto em paz, me sinto vazia de tanta tristeza e esse vácuo deixado é preenchido por mim mesma. è um momento só meu, aonde eu me encontro e sinto a felicidade pulsar em minhas veias.
Eu queria ele do meu lado, mesmo depois de tantos meses longes e ele me considerando "persona non grata". Eu percebi ao longo de um tempo que não adianta você ficar com uma pessoa para esquecer outra... Isso só aumenta a saudade e o que você sente por ela. Eu entendo o que aconteceu e acredito que não é hora de voltar a ser o que erámos antes. Somos seres humanos, temos rancor, temos raiva e é tudo que ele sente por mim agora.
O meu rosto está seco pela amargura, mas meu coração chora pela sua ausência. Aqui no meu quarto escuro eu me alucino, te vejo sorrindo para mim. A sua pureza é contagiante, eu paro de piscar, quero sua imagem cravada na minha retina para sempre. É exatamente assim que eu vou lembrar de você, não importa o que aconteça saiba, pra sempre eu vou te amar.