domingo, 20 de março de 2011

Amor

Se amor é chama que não se apaga
Meu peito é voz que não se cala
Dor que não se cura, cicatriz que marca
Arde em minha pele, deixa cinza
Em tom de despedida.

Se amor é lava que derrete
Que derreta minha boca que tem sede
Sede de vida, de casa, de sabor.
Se amor é fogo que queima
Que queime minha dor que teima em falar.

Que o meu amor seja presente
Embrulhado, enfeitado, nunca ausente
Que seja bem lembrando
Como carnaval passado
Passado, amarrotado, guardado.

E o tempo que é o senhor
Suma com a dor,
Como se fosse voz de uma canção
Faz do sofrimento alegria
Para um dia o hoje, ser só nostalgia.

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