terça-feira, 29 de março de 2011

Um pombo.

Mil pombos voavam no céu, era uma nuvem de asas e uma chuva de cartas. Declarações de amor, de dor, de sofrimento e de esperança. Que vista explendida eu tive quando vi o pombo chegar, com as asas abertas esperando por água, por casa, por conforto. Todos queriam ser aqueles pombos, voar livremente, levar palavras, pequenas palavras para pessoas queridas, poder chegar em casa e ter um lugar para descansar.
Nunca vou esquecer daquela imagem, um céu cinza como a alma de quem guerrilha, um céu que era azul, coberto por uma camada passageira de asas e peitos. Aquelas letras, aquela caligrafia, com palavras tão curtas, mas tão ousadas "Quero-te" era o que o bilhete dizia e naquele momento meu coração se encheu de alegria. Algum barulho triste vinha do fundo, não soube identificar...
Acordei, ainda com a sensação confusa e leve de meu sonho, que sonho! Como queria eu viver naquele mundo paralelo, aonde existiam seres livres que voltavam para mim, de um ponto a outro, sempre vindo de encontro a mim. Por que mesmo a realidade não pode ser um sonho?

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