sábado, 6 de março de 2010

Ela contra o mundo.

Eu gostaria de chamar a sua atenção, não para mim, eu não mereço tanto. Eu gostaria que você visse o mundo ao seu redor, visse que existe alguém, mais perto do que você imagina, querendo o seu bem, sofrendo pelo seu desprezo e morrendo de amores. Ninguém sabe por que de uma hora para outra ela fica mais atenta, quando toca uma música ou quando os olhos brilham do nada vendo alguma paisagem, mas ela sabe aonde está. Os amigos acham que não existe cura, o amor-próprio ela jogou fora, o orgulho foi para a lixeira, essa menina só pode estar vivendo no mundo da lua, todos pensam isso. Mas não é aonde ela está, é um mundo paralelo, algum desvio que a deixa mais próxima dele, mas mesmo assim não pode toca-lo, ou dizer palavras reconfortantes na hora da dor, ela não pode pega-lo no colo e oferecer seu ombro amigo, é arriscado demais. É como uma casa de vidro, não se pode ter contato com o meio externo e os barulhos se tornam cada vez mais altos por causa dos ecos, é agoniante. Dói pensar que ele sabe, mas que sua realidade o deixa cego, o poder imaginário de parar o tempo e o espaço, o fazem perder oportunidades incríveis, mesmo vivendo intensamente, acaba deixando uma parte da vida para trás.
Se eu pudesse, eu entraria no seu mundo, o deixaria de cabeça para baixo, seriamos eu e você, mais ninguém, eu não permitiria que ninguém te fizesse mal, ou te deixasse triste, eu brigaria com você até te ver sorrir, faria isso todos os dias se fosse preciso. Se fosse necessário, guerrilharia com o mundo para te ter, viveria em um barco, mesmo não gostando do balanço do mar, eu faria tudo e mais um pouco. E você, faria alguma coisa pela pessoa amada?

Licença Creative Commons
Ela contra o mundo de Hannah Tobelém é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
Based on a work at alicequeramar.blogspot.com.

8 comentários:

  1. AHUAUAUUAUAHUUA
    Alok, escreveu uns textos maravilhosos

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  2. Brigada cara! Eu achava que ninguém le o que eu escrevo!

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  3. AHAHAHAH
    Vai ver me chamam de ninguém e eu não sei, não deixa de ser uma verdade.

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  4. ai meudeus, nada disso! Todos são alguém, todos que tenham amor-próprio.

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  5. rsrs
    Tá bem, mas amor-próprio não é tudo hm'

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  6. Tudo, mais um pouco,transbordaria o copo e a mesa com dor ou gargalhadas, de partida ou
    insanidade.

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