quarta-feira, 29 de setembro de 2010

B-612

Quero a audácia da rosa
Quero a sabedoria da raposa
Quero a inocência do Príncipe
Quero a incompreensão do aviador
Quero a compulsividade de pores-do-sol
E as grossas raízes de baobas

Quero a cúpula que a protege
E um vulcão para aquece-la
Quero a tristeza de um beberrão
Quero sua falta de memória
Quero as aquarelas do autor
Que mostram o inicio de uma vitória

Eu quero os campos de trigo
Eu quero cativar minha linda flor
Eu quero a secura do deserto
Eu quero aquele mistério
Eu quero o sabor do veneno da cobra
Me livrar dessa carapaça.

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