domingo, 28 de novembro de 2010

Horizonte perdido

A flor murcha vê caindo suas pétalas no chão
Bem me quer, mal me quer
Mais um perdido na doce ilusão
Olha para o horizonte perdido
Procurando no campo escuro um caminho
Escravo do próprio prazer

O espinho é crucifixo
É fogo ardente em olhos cegos
É solidão na terra de amantes
É o desejo calado embriagante
É o tempo corrido que se torna passante

Existe em cada par de pernas
A busca pela felicidade
Em cada sorriso amarelado,
Em cada corpo abraçado
Em cada lágrima chorada
Existe a eternidade

Pela estrada de terra eu escolhi seguir
Tropeçando e ajoelhando nos meus erros
Sendo amada e odiada pelos meus feitos
Uma nova realidade para mentir
A cruz pesada que eu carrego no peito
É um perdão cínico pelos meus defeitos.





No livro da vida eu escrevo o meu destino
Em cada página eu marco mais um caminho

Um comentário:

  1. A terceira estrofe me chamou muito a atenção... Aquela coisa tipica onde a pessoa lê, se encanta e relê, sabe?
    Queria poder escrever lindamente e naturalmente em versos livros como você faz!
    Um dia eu chego lá!
    Beijos,

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