sexta-feira, 14 de setembro de 2012
A água do meu vinho
Se ao menos eu soubesse o que passa em suas taças
Se são amores, rompantes, raiva ou desilusão
Eu apenas queria que meus pés criassem asas
Para assim eu desabar e cravar meu corpo em teu chão.
Se ao menos eu soubesse de onde vem a sua água
Para poder romper e acabar com seus espinhos
Penetrando em teu mundo, vendo sua alma
Afogada em tantos goles de vinho.
Queria eu ter as flores que vejo em seu olhar
Possuir a poeira do seu móvel antigo
Para acompanhar as pegadas do seu calcanhar
E alcançar por um último seu desejado umbigo.
Eu vou podando todos os meus galhos
E desta maneira, águo o nosso vinho
Queria achar alguns atalhos
Para eu poder encontrar o seu caminho.
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