sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Inocente amor.








 Os seus olhos guardei em um pote
E o seu corpo inteiro está em meu coração
Suas lembranças estão no meu caixote
E eu digo, suas orelhas nunca escutaram o meu Não.

Se te tenho comigo, te levo aonde eu for
Transgredindo dimensões, formando o laço eterno
Que me amarra e me ata ao teu inocente amor
Falando comigo no seu silêncio interno.

Tua vida habita em mim, minha fera felina
E não encontro em canto algum a tua malícia
Eu libero em ti a minha ocitocina
Tentando reviver a tua carícia.

Não tenho medo da morte, mas sim da inexistência
Que perpetua nos seres vivos e carnais
Vejo no seu olhar sua eterna essência
E a promessa de voltar a repousar no meu cais.




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