terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ao seu redor.

Admirando a natureza morta
Dentro de sua jaula
Os corpos quentes derretem o plástico
Plástico que cobre a vergonha
Cobre a loucura, inibe o surto

Rostos de parcela que escondem o medo
Querem ter o controle
Querem ter uma perfeita conduta
Mas quando não tem ninguém perto...

Dentro de uma gaiola
A asa quebrada volta a doer
Latejando, ritmada com a pulsividade do coração
Compulsivo, os olhos molhados voltam a derramar
O liquido sagrado nunca valorizado

Do que adianta um perfeito sorriso?
Se seus dentes são amarelados pela hipocrisia
Do que adianta ter olhos inocentes?
Se por dentro o fogo lambe a sanidade
Do que adianta a pele macia?
Se a mente dura, oca
Arde com a verdade

Mas se você pudesse quebrar
Todas as barreiras um dia impostas
Se você pudesse ir além
De todos os caminhos já programados
E se você pudesse encerrar
Com toda essa magoa contida
E se você pudesse escolher
Outra vida sem ser a sua
Você continuaria dentro da sua toca?

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