quarta-feira, 18 de maio de 2011

Uma casa muito engraçada.


A casa velha e abandonada fazia eco em meus ouvidos, cada vez que escutava falar de suas paredes mal pintadas e de seu piso solto sentia que uma faca atravessava meu peito. Nunca esqueci daquela casa e nem da escada que vivia nela,tão antiga e empoeirada com seus degraus defeituosos e traiçoeiros. Nos dias de hoje quando me pego embaçada e triste lembro sempre da escada frágil que unia os andares, marcada por altos e baixos dos degraus e alguns buracos pelo tempo, a escada sempre permanecia de pé. Como eu sinto falta da minha escada.
Ainda consigo ver a paisagem da janela, sempre interrompida por uma cortina de água, lágrimas que teimavam em cair de meus olhos. Como eu sinto falta do meu jardim mal cuidado. Mesmo antiga a moradia era forte, como madeira e pedra fez de barrancos sua fortaleza. Como eu sinto falta do meu abrigo.
O telhado já sem telha deixava a chuva banhar e lavar a sujeira que existia nela, inundando seus quadros e moveis, afogando seus moradores. Era uma casa velha sem tintura e bastante turva, uma velha casa de olhos e lembranças. Lembranças que não me esquecem. Como eu sinto falta daquela casa...

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