sábado, 28 de maio de 2011

Carta de despedida.

Ainda vejo sua mão acenando para mim como quem diz "Vai ser feliz", ainda lembro da mescla de orgulho e saudade que seus olhos transpareciam. Você esperou que o nosso grande separador fosse embora, ficou contemplando sua imagem magnética e pensando como o tempo passa rápido, não foi ontem que você me segurou no colo? Ah, o tempo! Cruel e misericordioso, como um pai que ensina ao filho os bons costumes, agora ele nos ensina a dor da separação mesmo que seja temporária. Quantas perdas nós tivemos, é triste lembrar que muitos já não estão aqui para acenar como você acena para mim. Mas as vitórias, essas foram grandiosas, por que sempre conseguimos nos levantar depois de uma rasteira da vida e foram muitas. Nos apoiamos, como se fossemos dois braços de um único corpo, choramos como se fossemos apenas uma tristeza e agora nos despedimos com a certeza da saudade e a insegurança do amanhã.
Teu ombro que já conteve meu choro agora chora sozinho, não por não possuir mais ninguém, mas por não ter mais meu corpo físico, a minha alma estará sempre contigo. Agora estamos vendo paisagens diferente, em locais distantes. Vê mãe como a vida é bela daqui também, a felicidade reina e a beleza do aprender é plena. Além de ti, deixo os meus tesouros, os amores da minha vida, meus filhos peludos. Se a palavra do homem vale um escrito, eu grito: Volto maior do que já sou, com um amor maior do que já tenho, com saudades eternas do meu tempo.

Um comentário:

  1. Simplesmente esplêndido. A força emocional da ocasião render esse belíssimo texto. Amei por completo!
    Beijos,

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