quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Outono.

Odeio o morno, se existe uma palavra pra me definir que seja intensidade, é a minha melhor caracteristica, ao meu ver.
Se eu pudesse exclur alguma coisa da minha vida, seria a mesmice, o outono, esse mais ou menos, ou a coisa É ou NÃO É.
Outra coisa que não suporto é o quase, já viu quase ser alguma coisa? Quem quase tem tudo, continua sem nada. Esse medo de arriscar, de viver o perigo, é na verdade um grande medo do que a vida pode ser. Não estou falando pra você pular da ponte RIO-NITEROI e cair de cabeça na Baía de Guanabara pra saber o sabor da vida. Mas viva com calor, não pense que hoje pode ser o último dia de sua vida, isso é clichê demais, pense que hoje é hoje, mas não é por isso que ele tem que ser cinza. Diga que ama quem você ama, abraçe o primeiro que aparecer, dê lugar na fila do banco, VIVA e SINTA que você vive. Nossa sociedade está atropelando esse nosso direito, não temos tempo nem de dar o último sorriso, na verdade não temos tempo pára nada. Seja inteso até quando dormir, tenha sonhos loucos, fora do normal, dê gargalhada daquele tombo. Brigue muito feio, mas depois ame mais ainda quem te perturba.
Eu confesso, sou péssima nos romances, nunca dá certo, o cara pode ser todo certinho, um doce, mas se faltar ritmo, faltar aquela paixão de te derrubar, aí eu sinto muito, choro e passo a bola. Até hoje não encontrei ninguém tão intenso como eu, quando eu me apaixono ele tá naquela prisão "será que eu devo", enquanto eu estou queimando de amor e me entregando totalmente ele ainda fica com aquela idéia "será que eu vou sofrer depois?". Isso é irritante, é frustrante é tudo de negativo, deixar de viver por medo é ser covarde. O que importa o depois, se o mais essencial que é o hoje, você esqueceu de viver?
As brigas, elas sim, são minha especialidade, é na briga que as mascaras caem, que os muros são demolidos, você ataca e recebe de volta a mesma raiva. A pessoa fica vermelha, grita, quer te matar. Nesse momento ela tá no máximo, ela deixou o morno pra trás. Eu admito, adoro provocar os outros, eu preciso ver o máximo de todos, até o minino me agrada, mas o mais ou menos... Esse é humilhante.
O pior de tudo é que as pessoas ainda se vangloriam por isso, "Tá vendo, se tivesse me envolvido agora tava chorando", "Viu, sabia que aquela noitada ia ser horrivel", tudo bem você acertou, mas e ai? Ficou em casa numa puta noite estrelada com a maldita dúvida na cabeça "será que foi legal?", não sofreu por amor, que maravilha, menos uma cicatriz no seu coração, mas mesmo assim você se pergunta "Será que era o amor da minha vida?"
Do que adianta economizar risadas, amor, carinho e até choro? No final de tudo, você viveu, mas deixou a vida pra trás.

Hannah Tobelém.

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