quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A tormenta.

Uma tempestade se formava em torno dela, nuvens negras carregadas de dor e sofrimento pairavam sobre sua cabeça. Ela achava que as gotas de chuva lhe lavavam o rosto, mas eram, na verdade, suas lágrimas descendo compulsivamente. Seus cabelos grudados no corpo se misturavam com o suor e com o medo. A ventania a empurrava para trás, a cada passo avançado, ela regredia dois. O vento a fazia lembrar dos dias solitários em que ficava esperando por alguém a resgatar da depressão. Eram 14:00, mas estava tão escuro que parecia de madrugada, o vento batia cada vez mais forte e cortante, a solidão batia a sua porta novamente. Ela já estava encharcada, a chuva piorava a cada minuto, sua casa estava tão longe e seu guarda-chuva não lhe protegia mais. Ela continuava chorando, o caminho era tão longo, tão tempestuoso, o que ela realmente queria fazer era sentar no chão e esperar tudo passar, mas quando mais ela parava mais via um furacão se formar e a engolir. A cidade estava um caos, era o fim do mundo então? A mãe natureza finalmente se revela e aflora os nossos maiores medos.
A menina acorda banhada em suor e assustada, ela nunca tinha tido um sonho tão real assim, mas oras, aquilo não era um sonho. Era sua vida, sendo massacrada pela depressão de ser solitária.

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